Este é o período dos desejos de fim de ano. Normalmente, pedimos coisas que o dinheiro pode comprar. Para imigrantes, isso pode ser ganhar na moeda local, ser bem-sucedido, comprar um carro ou uma casa. Esses interesses são válidos e importantes, mas, em 2025, meus desejos são por aquilo que o cartão de crédito não paga:
Saúde para mim, familiares e amigos. Estar doente em outro país, muitas vezes sem dominar a língua, é angustiante. Não receber salário por adoecer, não estar incluído no sistema de saúde ou não conhecer médicos de confiança agrava a incerteza. Além disso, estar nos Alpes Suíços e saber que um familiar foi internado tira o brilho de qualquer viagem. Para imigrantes, o grande terror, além das burocracias, é receber a notícia de que alguém amado está mal de saúde, gerando um profundo sentimento de impotência.
Viver em paz. Sei que o conceito de paz é pessoal. Mas, eu acredito que estar cercada de pessoas queridas, trabalhar dignamente, aproveitar a cultura local e as diferenças da língua, clima e relações sociais pode ser enriquecedor. Tudo depende do olhar. Ter dinheiro não exclui o desafio da adaptação e, conseguir passar por esse processo em paz, é quase um sonho.
Reconhecimento fora do seu país. Ser valorizado profissionalmente em outro país é uma conquista indescritível. Mesmo com investimento financeiro, o retorno vem quando seu trabalho é reconhecido.
Acompanhar o crescimento dos filhos. Ver sua filha fazer amizades, falar a língua local, receber elogios da professora, interessar-se pela cultura e provar a comida típica é um sinal de adaptação. Isso depende mais da dedicação familiar do que de dinheiro.
Este texto também serve para quem não é imigrante: adapte para sua realidade e reflita sobre o que deseja.
Quando realizamos esses desejos essenciais, o dinheiro se torna consequência — e muito bem-vindo, claro! Mas a vida no exterior ensina a valorizar o que não se compra, mas se conquista.
Um feliz 2025 a todos e todas! Que seus desejos se tornem realidade!